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8.11.2017

As Mães têm de ser um bocadinho egoístas

e·go·ís·ta
(francês égoïste)
adjectivo de dois géneros e substantivo de dois géneros
Que ou pessoa que trata dos seus interesses.

Se há ser mais abnegado, mais altruísta, mais dedicado aos outros é uma Mãe*. A maiúscula é propositada. Há Mães e mães, sim. Felizmente já tirei o meu like da página do Facebook do Correio da Manhã e tenho menos contacto com aquelas notícias do incrível de gente louca (e má) capaz das piores atrocidades. Não vejo televisão. (Só séries e documentários na Netflix e Sic Notícias, pontualmente). As Mães a sério, assim que o são, vêem depender um pequeno ser a 100% delas e aquele momento é altamente transformador. Nunca mais serão as mesmas. Até mesmo a gravidez, tendo de ceder a tantas coisas e começando a fazer as melhores escolhas em prol do bebé - e de si - funciona como um prólogo de tudo o que se seguirá. Primeiro não podem comer saladas fora de casa nem beber álcool; depois dificilmente se separam do filho recém-nascido e tentam viver de forma a não pôr em causa o seu bem-estar. A vida social fica adiada. Os duches mega rápidos, comer com eles na mama (quantas vezes?), os colos de horas para que eles durmam qualquer coisa. Cada bebé e cada família terá as suas idiossincrasias e também a sua rede de apoio (ou falta dela). Cada mãe terá os seus timings e as suas necessidades. Da Isabel, já o disse, senti necessidade de ir comprar roupa num pulinho, teria ela duas semanas, ficou em casa com o pai. E achei que precisava de ir ao Justin Timerlake e fui (claro que as minhas mamas também foram e não aguentaram tantas horas), teria ela um mês e meio ou dois. Fomos, em casal, viajar 3 dias tinha ela 9 meses. Com a Luísa não senti falta de forrobodó tão cedo, fui bem mais caseira. Nem me imagino a dormir longe dela para já. Cada uma de nós sentirá, a seu tempo, necessidades diferentes. Mas uma coisa vos digo: temos de ser um bocadinho egoístas de vez em quando. A verdade é que não estamos sequer a ser egoístas porque, por definição, egoísmo seria se desprezássemos, por regra, as necessidades alheias.

Não será o caso. Apesar de o sentirmos quase que inevitavelmente (isso e aquela história da culpa). Raios. 
Hoje não fui egoísta nem me senti egoísta.  E nem estou a dizer isto para me convencer, mas sim para vos mostrar, caso tenham esse receio, que há um espectro muito grande entre altruísmo e egoísmo. 

Queria, estas férias, ter umas horas na praia sozinha ou a dois sem barulho, sem choros, sem necessidades alheias. Miúdas bem entregues (Isabel na creche e Luísa com a minha mãe), e lá fomos nós os dois, de carro, até ao Baleal. O silêncio na viagem. Fomos calados a maior parte do tempo, sem trocar uma palavra, mas cúmplices no bom que tudo aquilo estava a ser. Chegar, caminhar pelo areal, conseguir apreciar a natureza em todo o seu esplendor, o cheiro a mar, o sol na cara, na pele, a água a gelar os ossinhos, os beijos mais demorados e as mãos dadas. Ler metade de um livro. Um ano e meio depois (para umas muito tempo depois, para outras desnecessário), fomos passear os dois, sem filhos. Soube-nos muito, muito, muito bem. Foram horas que valeram por dias. Nunca a Luísa tinha estado tanto tempo separada de mim mas, quando cheguei, ela estava óptima. Não chorou nunca. Esteve sempre bem disposta. Comeu, dormiu, dançou, passeou, andou a distribuir beijinhos por todos. Ficou contente quando me viu mas nem por isso veio a correr fazer queixinhas. A Isabel estava a ver um filme quando a fui buscar à escola. Contente por rever os amigos e as educadoras, 3 semanas depois. Tudo certo. 

Claro que pensei nelas quando estava na praia: até pedrinhas apanhámos para a Isabel pintar e comentei que uma bebé andava como a Luísa. Lembrei-me delas várias vezes. Mas nunca me senti mal por não estar com elas. Senti-me bem, muito bem. Às vezes é preciso. Parar, respirar, ouvir-nos, relaxar. Quero fazer isto mais vezes. (Tenho de). Por mim, por mim e por ele. E por elas.








E na quinta à tarde fomos ao cinema ver o Dunkirk (aconselho!). Quando cheguei a casa estavam de banho tomado e jantadas. TÃO BOM! <3 Obrigada, mãe.


Gostava até de fazer uma espécie de retiro, já alguém fez?



 
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*e um Pai.

8.08.2017

"Tenho medo de não conseguir amar o segundo filho como amo este"

A frase não é minha, mas li por aí várias vezes escrita. Percebo-a. A primeira fase da gravidez da minha segunda filha foi vivida de uma forma tão pouco "dedicada", com tanto trabalho e cansaço, que chegava a ter receio de não vir a sentir o mesmo. Mas depois, pouco a pouco, fui-me apaixonando e aquele pequeno ser foi ganhando mais e mais espaço no meu coração. Quando nasceu, não tive qualquer dúvida. Que sentimento pleno, de pertença, que coisa arrebatadora! Depois do que me aconteceu no recobro, com operação de urgência e transfusões de sangue e todo aquele aparato e medo de morrer, que vos contei aqui, o amor pelas minhas filhas aumentou mais e mais (nunca achei ser possível sentir algo tão gigantesco), assim como o meu amor pela vida. Senti-me a ir e quando acordei, 6 horas depois, senti que me estava a ser dada uma segunda oportunidade. Chorei todas as lágrimas que tinha. Por não estar ao lado da minha cria, por não saber quanto tempo depois a ia ver e depois por ter medo do que me pudesse ainda acontecer e receio de demorar mais tempo a ir para casa, para a minha filha mais velha, de quem tinha muitas saudades. Accionei um modo qualquer de sobrevivência e, depois disso, não senti muito mais medo. Quis estar lá, bem e feliz, para as minhas filhas. Percebi, meses mais tarde, quando desatei a chorar quando me perguntaram pelo parto, que ainda havia algumas feridas por fechar. Agora que já não sinto mais nada de negativo em relação a esses dias, sinto que fechei esse capítulo, tanto é que fiquei meia triste (mas aliviada ah ah) quando fiz o teste de gravidez e tive a certeza de não estar grávida do terceiro. Agora só sinto amor. E cansaço (sim, porque ter dois filhos tem muito que se lhe diga).

E é sobre esse amor que vos quero falar. Ama-se o segundo filho tanto quanto se ama o primeiro. O amor não é mensurável, mas garanto-vos que o coração volta a bater com tanta força como com o primeiro filho. Que as lágrimas de emoção voltam a cair. Que a alegria de ver as pequenas conquistas deles é enorme. Que o desejo de os proteger de tudo chega a ser angustiante. Que o medo de não estar cá para os dois é gigante (mas mais vale nem pensar nisso). Que a vontade de lhes arrancar um pedaço das bochechas é praticamente incontrolável. Que o riso que nos sai, mal disfarçado, quando fazem asneiras é inevitável. Que as danças que fazemos juntas se prolongam cá dentro, mesmo quando a casa já está em silêncio.

Nada temam quanto a essa questão. Vão amar tanto o segundo filho quanto amam o primeiro. Podem amar diferente, apreciar coisas diferentes, aproveitar até melhor algumas coisas, por saberem que passa tão rápido, e pior outras, porque terão de repartir atenções. Mas esse sentimento inabalável de amor profundo, de amor que se sobrepõe a tudo, esse vai lá estar. Sempre.





Site aqui.
Podem ler também das nossas férias:
 
A mãe é que sabe VIAJAR: Azeitão e Arrábida


As férias na Fuzeta

Férias neste canto do algarve? Sim, sim sim

Quem está a trabalhar não devia abrir este post



 
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Fiz um teste de gravidez e...

A minha mãe e o David andavam há que tempos a dizer que eu estava com barriga de grávida. Que não enganava ninguém. E que os meus apetites deviam ser por isso. Tanto me chatearam a cabeça que eu, apesar de lhes ter dito mil vezes que era da porcaria do pão e dos doces e do leite que voltei, pontualmente a beber, lá fui gastar 15 euros num teste.

Da gravidez da Isabel, descobri numa ida à obstetra (aliás marquei consulta com a ginecologista que se transformou em obstetra naquela hora). Contei-vos aqui como descobri que estava grávida. Da gravidez da Luísa, lá umas amigas me convenceram a fazer o teste. Não estava nada à espera (como sempre, nunca percebo quando estou grávida). Contei-vos aqui a novidade.

Desta vez, sabia que o resultado seria "não grávida" (como achava das outras vezes ahah), mas confesso que tinha o coração estava a palpitar. Depois de eles tanto comentarem o tamanho e forma redondinha da minha barriga, parecia que estava já a sentir o bebé. Claro que eram gases da porcaria do pão que ando a comer... ;) Foi um alívio perceber que não estava grávida, mas - serei doida? - fiquei um bocadinho triste. Não sei porquê. Acho que por sentir que, se fosse agora, seria de certeza (era um "já está, já está"). Não sendo, acho que nunca será. Porque, acho, não me vai apetecer voltar a estas noites de caca, não me vai apetecer voltar ao caos do pós-parto e, sobretudo, voltar a sentir falta de tempo para mim. Vai faltar-nos coragem, depois de voltarmos a encontrar alguma estabilidade, depois de já conseguirmos equilibrar tudo. Acho eu. No entanto, o David, já aliviado, dizia que, a ser, gostava que fosse outra menina (não sei se ele me vai perdoar a inconfidência).


Tenho uma coisa para vos contar: NÃO ESTOU GRÁVIDA! Tenho mesmo de evitar o pão.


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As 6 piores coisas de se ter dois filhos

Acusam-me muitas vezes de ser lamechas e romântica, que sou, mas acho que sou, também, realista. Por vezes realista queixosa e lamuriosa e, outras tantas, realista com sentido de humor. A melhor forma de encarar muitas vezes o sono, o cansaço, a falta de paciência é olhar para as coisas com um sorriso na cara e olhos rasgados, mesmo que cheios de olheiras. Já me aconteceu, muitas vezes, desmanchar-me a rir perante episódios que não lembram o diabo, por me colocar do lado de fora em vez de me ficar a consumir por dentro a vivê-los. Depois volto a eles, mas já descomprimi. A hora de adormecê-las é muito difícil, principalmente agora que a Luísa demora muito tempo e quer saltar na cama e meter-se com a irmã. Mas não só. Por isso, acreditem: ter dois filhos é o melhor que me podia ter acontecido, há momentos que me enternecem a alma, mas há alturas em que, se pudesse, preferia arrancar um mindinho do pé. :)

Quais são então as piores coisinhas de ter dois filhos?

1) Hora de dormir. 

Estão a ver quando têm um filho que demora 40 minutos, 1 hora a adormecer? Imaginem agora esse tempo a duplicar ou a triplicar. Se adormecem primeiro um e depois o outro, somam tempo. Se os adormecem aos dois ao mesmo tempo, ficam excitados e "querem conversa" e demoram ainda mais. O que resulta melhor por aqui é, quando há essa possibilidade, cada um dos pais adormecer um filho. À hora de dormir acrescento esta: quando se acordam uns aos outros (rrrrrrrrrrrr). Felizmente, a Isabel já dorme melhor e é raro acordar com a Luísa, mas o contrário já aconteceu (porque a Isabel fala - e ralha - durante os sonhos.

2) Duelo de titãs

Não se fiem nos primeiros tempos de namoro e colinhos e coisas boas. Chega ali a uma fase que é ver o mais velho a afiambrar no mais novo, o mais novo aprende e passa a afiambrar também no mais velho; ele é palmadas, beliscões, mordidelas, um cocktail explosivo de pancadaria que nos leva às lágrimas sem saber bem o que fazer.

3) Hora das refeições

Nem sempre é um caos, mas quase sempre. Uma começa a cuspir a comida, a outra acha que se pode levantar da mesa, a mesma que sempre gostou de ervilhas mas agora, como são verdes, diz que já não gosta (vai de fazer um coração com as ervilhas, se não as comeu logo que foi uma maravilha e no dia seguinte pediu mais), a outra mete as mãos na água, a mais velha acha piada e mete arroz no copo. É um espectáculo. Por isso, acabamos por ir comer pouco fora. Lá para 2021.

4) O segundo leva com açúcar, fritos e televisão bem mais cedo

Estão a ver aqueles cuidados todos que se têm com o primeiro filho? Com o segundo... (quase) tudo muda de figura. No início, o mais velho tem de perceber que não pode dar um bife ao bebé, mas, em passando aquele período inicial, torna-se mais difícil respeitar, porque o bebé já tem "quereres". Já não dá para ver a irmã a comer um epá e distraí-la com um elefante. Os segundos acabam por provar de tudo e acabam por conhecer o Panda também mais cedo. Paciência. O segredo está na moderação (é muito raro fazer batatas fritas em casa, por exemplo, e tento que a mais velha veja televisão só ao fim-de-semana).

5) As birras

Dizem-me que ainda não vi nada. Que vai piorar. Acredito que sim. Porém, já tive demonstrações do  potencial destas duas. O pior é quando uma está a chorar e a outra começa também, por contágio. Então se for a andar de carro, lá atrás, é de bradar aos céus. Já cheguei a fazer algo pouco ortodoxo como levantar o volume do rádio. Ufa, que alívio (e lá acalmaram).

6) Nem sempre conseguir estar lá para as duas.

Acontece, muitas vezes. Uma querer jogar às cartas, tarefa impossível com a mais nova por perto. A mais nova querer mama quando estou com a outra na água do mar. É arranjar estratégias, dar-lhes a volta, mostrar alternativas e explicar-lhes tudo. Converso muito com elas (às vezes achamos que não vão entender - e não entendem - mas com o tempo, vai lá), e as cedências, o ter paciência, o saber esperar farão parte da vida delas. Lá para 2025.


Posso estar a esquecer-me de alguma coisa. Por isso, sintam-se à vontade para completar a lista ;)








{Fatos de banho Principessa}


Ler também: 
Isto de se ter dois filhos (que escrevi quando a Luísa tinha 5 meses)


Texto original e comentários aqui.

 
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8.07.2017

Apanhei o bouquet da noiva...

Podia contar-vos aqui uma história bonita de como o bouquet veio parar às minhas mãos, sem nada fazer, de forma totalmente inesperada, mas não. Aqui a menina queria tanto tanto tanto aquele bouquet que, apesar dele ter caído no chão na ponta oposta a que eu estava, arrancou em sprint até ele, qual jogadora de rugby, com grito de raiva e tudo, e praticamente o arrancou a uma moça, essa sim, a dois passos do bouquet. Ela assustou-se e, apesar de já ter a mãozinha nele, deixou-o no chão. Não me orgulho deste desvario, só faltou a placagem. Mas tem piada. O vídeo que alguém gravou e me mostrou tem muita piada. Vê-se alguém, louco, a arrancar a alta velocidade até um bouquet. Meu Deus. Ah ah ah
Susana Cabaço Fotografia
A verdade é que gostava muito de casar. Óbvio que não precisava de ter apanhado o bouquet (achei apenas piada a ficar com ele no casamento da minha melhor amiga). Mas continuo a ter o sonho de casar com o homem da minha vida, com as minhas filhas, com os meus melhores amigos, e claro, as nossas famílias mais chegadas.

Escrevi sobre isso em 2015.

És tu, sou eu, é a nossa filha. 
Os amigos e a família. 
No campo, com flores, com luzinhas penduradas nas árvores, com mesas corridas cheias de petiscos cozinhados pela avó Rosel, com cadeiras cada uma de sua nação, com mantas no chão, bandeirinhas penduradas, sorrisos e balões. 
Um bolo branco imperfeito de dois pisos mas saboroso. 
Um vestido de noiva discreto, mas romântico. 
Fotografias pouco estudadas e momentos cúmplices. 
Danças de pés descalços e com a luz de fim de dia a dourar os cabelos. 
Beijos e mais beijos e música da boa ou pimba quando os brindes forem já muitos. 
Um dia inesquecível, onde o nosso amor a três será partilhado com todos aqueles que nos querem bem e que nos amam. 
Sonho com isto. 
Quem sabe... um dia! 
A três ou a quatro ou a cinco. 
Todos juntos, a celebrar o amor.








Ah! O que faço ao bouquet? Algum ritual? Estava a pensar guardar até casar. 

 Será para o ano?  

Outros posts que podem ler:

O que vesti no casamento

Os vestidos das meninas das alianças

Casar a melhor amiga é...

 
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O pior de ter dois filhos.

Acusam-me muitas vezes de ser lamechas e romântica, que sou, mas acho que sou, também, realista. Por vezes realista queixosa e lamuriosa e, outras tantas, realista com sentido de humor. A melhor forma de encarar muitas vezes o sono, o cansaço, a falta de paciência é olhar para as coisas com um sorriso na cara e olhos rasgados, mesmo que cheios de olheiras. Já me aconteceu, muitas vezes, desmanchar-me a rir perante episódios que não lembram o diabo, por me colocar do lado de fora em vez de me ficar a consumir por dentro a vivê-los. Depois volto a eles, mas já descomprimi. A hora de adormecê-las é muito difícil, principalmente agora que a Luísa demora muito tempo e quer saltar na cama e meter-se com a irmã. Mas não só. Por isso, acreditem: ter dois filhos é o melhor que me podia ter acontecido, há momentos que me enternecem a alma, mas há alturas em que, se pudesse, preferia arrancar um mindinho do pé. :)

Quais são então as piores coisinhas de ter dois filhos?

1) Hora de dormir. 

Estão a ver quando têm um filho que demora 40 minutos, 1 hora a adormecer? Imaginem agora esse tempo a duplicar ou a triplicar. Se adormecem primeiro um e depois o outro, somam tempo. Se os adormecem aos dois ao mesmo tempo, ficam excitados e "querem conversa" e demoram ainda mais. O que resulta melhor por aqui é, quando há essa possibilidade, cada um dos pais adormecer um filho. À hora de dormir acrescento esta: quando se acordam uns aos outros (rrrrrrrrrrrr). Felizmente, a Isabel já dorme melhor e é raro acordar com a Luísa, mas o contrário já aconteceu (porque a Isabel fala - e ralha - durante os sonhos.

2) Duelo de titãs

Não se fiem nos primeiros tempos de namoro e colinhos e coisas boas. Chega ali a uma fase que é ver o mais velho a afiambrar no mais novo, o mais novo aprende e passa a afiambrar também no mais velho; ele é palmadas, beliscões, mordidelas, um cocktail explosivo de pancadaria que nos leva às lágrimas sem saber bem o que fazer.

3) Hora das refeições

Nem sempre é um caos, mas quase sempre. Uma começa a cuspir a comida, a outra acha que se pode levantar da mesa, a mesma que sempre gostou de ervilhas mas agora, como são verdes, diz que já não gosta (vai de fazer um coração com as ervilhas, se não as comeu logo que foi uma maravilha e no dia seguinte pediu mais), a outra mete as mãos na água, a mais velha acha piada e mete arroz no copo. É um espectáculo. Por isso, acabamos por ir comer pouco fora. Lá para 2021.

4) O segundo leva com açúcar, fritos e televisão bem mais cedo

Estão a ver aqueles cuidados todos que se têm com o primeiro filho? Com o segundo... (quase) tudo muda de figura. No início, o mais velho tem de perceber que não pode dar um bife ao bebé, mas, em passando aquele período inicial, torna-se mais difícil respeitar, porque o bebé já tem "quereres". Já não dá para ver a irmã a comer um epá e distraí-la com um elefante. Os segundos acabam por provar de tudo e acabam por conhecer o Panda também mais cedo. Paciência. O segredo está na moderação (é muito raro fazer batatas fritas em casa, por exemplo, e tento que a mais velha veja televisão só ao fim-de-semana).

5) As birras

Dizem-me que ainda não vi nada. Que vai piorar. Acredito que sim. Porém, já tive demonstrações do  potencial destas duas. O pior é quando uma está a chorar e a outra começa também, por contágio. Então se for a andar de carro, lá atrás, é de bradar aos céus. Já cheguei a fazer algo pouco ortodoxo como levantar o volume do rádio. Ufa, que alívio (e lá acalmaram).

6) Nem sempre conseguir estar lá para as duas.

Acontece, muitas vezes. Uma querer jogar às cartas, tarefa impossível com a mais nova por perto. A mais nova querer mama quando estou com a outra na água do mar. É arranjar estratégias, dar-lhes a volta, mostrar alternativas e explicar-lhes tudo. Converso muito com elas (às vezes achamos que não vão entender - e não entendem - mas com o tempo, vai lá), e as cedências, o ter paciência, o saber esperar farão parte da vida delas. Lá para 2025.


Posso estar a esquecer-me de alguma coisa. Por isso, sintam-se à vontade para completar a lista ;)








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Ler também: 
Isto de se ter dois filhos (que escrevi quando a Luísa tinha 5 meses)



 
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8.01.2017

Inventam tudo #18 - Sling para ir com eles ao banho!

Para nós, especialmente com duas filhas, o babywearing é algo fundamental. "Somos pais cangurus" foi o primeiro post que escrevi sobre este tema, quando adquirimos a segunda mochila ergonómica. Também usamos (e muito) carrinhos - ainda este fim-de-semana adormeceram as duas, cada uma no seu carrinho, no casamento e dá um jeito do caraças - mas há momentos em que um sling, uma mochila ergonómica, um pano elástico, fazem toda a diferença. Em passeio então, caso haja escadaria, nada como babywearing. Foi também o babywearing que me safou no segundo mês da Luísa, quando ela acordou para a vida e só queria colo o dia inteiro. Já disse mais do que uma vez que acho mais importante do que comprar um parque ou uma espriguiçadeira, por exemplo, muito mais. Temos um Ergobaby 360 e uma Boba4G. Gostamos de ambos, são bastante parecidos.

Agora, a novidade de que vos quero falar hoje é tchan tchan tchan tchan.... um sling de argola para os levar até à piscina ou à praia. Inventam tudo, de facto. É num tecido leve, uma malha desportiva de poliéster, que seca rápido, e com furinhos (não sei se estão perceptíveis nas fotos), e é muito bom caso se vá sozinho com ambos para a água e um deles ainda não use braçadeiras, por exemplo. Ou que seja mais medroso e, assim, sentir-se-á mais protegido por estar ao colinho.

Até a Isabel quis experimentar o watersling (é até um máximo de 15kgs)! Muito fixe! Com o hábito hei-de aperfeiçoar a técnica, já que não é suposto ficar assim tão fino no ombro, mas mais aberto, para um maior suporte ;)












Watersling MaMidea - Rebento
 
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Duas mães - uma a amamentar e outra a dar leite de fórmula - na mesma sala. Eis o que aconteceu.

Estava eu a amamentar a Luísa, de um ano e dois meses, numa sala. Chega uma mãe, com um bebé pequenino, e prepara-lhe leite de fórmula. Ficaram os dois a comer, em silêncio. Eis o que aconteceu.

Começámos a conversar sobre... os nossos filhos (ela também tinha dois, com dois anos e picos de diferença). Do cansaço, das noites, de como já sabíamos, nesta segunda ronda, que tudo o que nos atormentava na primeira, iria ser passageiro. De como nos esquecíamos das coisas más. De como tínhamos tido amnésia selectiva para irmos ao segundo, num curto espaço de tempo. O primeiro filho dela começou a dormir melhor ao ano e meio, tal como a Isabel (que só dorme efectivamente bem agora e nem é sempre, mas já está bom assim). E lá fomos nós dar-lhes irmãos.

Nem uma palavra sobre mamas e leite. Nem "já anda e ainda mama?" nem "tão pequenino e já não mama?". Nem "isso já é vício". Nada. Nem um julgamento. Nem uma desculpa. E foi tão bom assim.

Não sinto que tenha sido um assunto tabu, apenas ninguém teve interesse em saber o que aconteceu à outra ou o que motiva cada uma. Estávamos apenas, lado a lado, a desabafar o que nos ia na alma, sobre tudo o resto, mesmo que não tenhamos feito as mesmas opções ou que não tenhamos tido a mesma sorte. Ou... o que seja. Estávamos, lado a lado, a ser Mães, a rirmo-nos, cansadas, e a desejar o melhor para os nossos filhos.

Que assim seja. Sempre.



[Não que não seja saudável falarmos sobre todos os assuntos, contarmos as nossas experiências, desmistificarmos algumas coisas, aprendermos umas com as outras... Pode ser bom, se não nos tentarmos impôr nem fizermos julgamentos. Mas às vezes não é disso sequer que precisamos.]


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Voltava para a nossa casinha de férias!

As férias no algarve acabaram, mas para o ano espero estar lá batida. Não sou grande fã de confusões e, normalmente, o mês de agosto é muito dado a isso - praias cheias, restaurantes a transbordar - por isso, fiquei muito contente quando conseguimos ir na última semana de julho (já não acontecia há uns 7 ou 8 anos). Optámos, nos últimos anos, por Tróia, Comporta ou então Tarifa, em Espanha e, há dois anos, quando fomos até ao algarve, em agosto, arrependemo-nos um bocado. Muito caro para o que era, vizinhos muito barulhentos até altas horas, música alta das festas até altas horas, restaurantes cheios, para os quais só marcando com uma semana de antecedência (e, e...): não fiquei fã (e quem tem crianças pequenas sabe bem o stress que é quando não conseguimos que durmam descansados). 

Este ano tivemos sorte porque descobrimos um sítio que consegue reunir muitas coisas que gosto, sossegado, com boas praias, e foram as melhores férias de sempre. Principalmente porque fomos os quatro (e a Luísa já aproveita tudo, mar, areia, passeio) e o meu paizão também foi. Tinha saudades de passar férias com ele. Muitas, mesmo. Foi óptimo para ele, para as miúdas, que são loucas por ele e que até puderam adormecer no colinho dele, foram boas para todos. 

Não conhecia a Fuzeta e fiquei rendida. Só jantámos fora uma vez, na vila (umas sardinhas e uns camarões deliciosos e nada caros), a que se seguiu uma ida à festa com direito a gelados, a insufláveis e a bailarico (viram a Luísa a dançar nos stories?!). Voltei à Praia Verde (já não lá ia há anos) e descobrimos a ilha da Armona (onde estava um grande amigo nosso que fazia anos e fizemos-lhe a surpresa de lá aparecer). A praia fica longe para caraças, mas sobrevivemos, e compensou tudo quando vimos aquele mar (caraíbas portuguesas). 

Foi tudo muito bom, mesmo o que não foi. Com a confusão habitual de quem tem filhos, mas sem muito rebuliço extra. Calmo, dentro do possível. :)

No jardim da casinha de férias



:)

Em pose ah ah ah

Adoro esta foto!

São pouco malandras

Poncho salva-vidas :) Gordinhos

Abraços bons

Final de tarde na piscina

A apanhar o barco [Babywearing é uma Boba 4G à venda na Organii]

Os meus três

Fofinha tão feliz

Lanchinho na praia

A ir apanhar o barco

Postura mais adoptada nestas férias

Cúmplices

Ela bem tenta ;)

Na Armona, a construir memórias

Na Armona

Avozão

O único chapéu que se aguenta na cabeça desta miúda mais de 2 segundos; a camisola com protecção é da Imaginarium

A dançarem <3

A tomarem o segundo pequeno almoço do dia
 
Foi até ao fim do dia mesmo

Croquete (fato de banho Principessa)
Mais das nossas férias aqui e aqui.


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