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5.27.2016

A aproveitar os últimos dias de filha única.

Andamos muito in love as duas - como se fosse possível ser diferente nestes dois anos - mas noto que andamos muito coladinhas, beijoqueiras e carinhosas, a aproveitar bem estes dias.
O último passeio no parque foi assim.



A interpretar com poupa e circunstância o "Já passou!" (alguém me acuda!!!).

Ultimamente tem sido a Minnie a eleita para passear connosco

Não a largou um segundo.





A ver a "menina crescida" descer por um escorrega dos "gandes"

Macaquinha.

5.26.2016

Acordem-me: está mesmo quase, não está?

Não estava à espera de estar a reagir assim, nesta fase final da gravidez. Não é que eu seja a pessoa mais stressada e ansiosa ao cimo da terra - acho que sou das boas energias, tenho sorriso e riso fácil e sou optimista - mas achei, ali a meio, que tanta calma acabaria num final de gravidez cheio de dúvidas e alguma ansiedade. Afinal, estou de 38 semanas e está tudo pacífico, no meu corpo e na minha mente. Mas - acordem-me - está mesmo quase, não está?

Mesmo estando neste estado 95% zen, há três pensamentos que me invadem de vez em quando, ou seja, mesmo que o meu coração não dispare e eu não fique cheia de stress, faço-me estas perguntas:


1) Como será que a Isabel vai adormecer nos primeiros tempos?

Apesar de termos tentado que fosse o pai a adormecê-la nos últimos meses (dantes podia ser qualquer um de nós, mas há uns tempos que, sabendo que eu estou em casa, ela quer que seja eu. O pai até pode estar presente, mas eu não posso faltar). Ainda experimentámos simular que eu não estava e foi pacífico, mas não foi o suficiente para que nos outros dias ela não pedisse que fosse eu novamente. Por enquanto, sabe-me bem todo aquele mimo e aquela ronha, como se estivesse a aproveitar todos os momentos ao máximo (tem adormecido a dar-me festinhas - e eu a ela, nas costas - abraçadas e com uns sons amorosos que só me apetece engoli-la de tanto carinho). Mas e depois? E se na hora dela adormecer eu estiver a dar maminha? Ou a Luísa precisar de estar com a mamã? E se ela demorar uma hora a adormecer? Vem para a minha cama e adormecemos as três? Vai compreender e "aceitar" que seja o pai a adormecê-la? 


2) Será que vou ter uma bebé calminha? 

Não, não estou a fantasiar com uma "bebé-come-e-dorme". Regra geral, os bebés não são assim. Estão em exterogestação, precisam de muito colo e mimo e nós estamos cá para isso (e as saudades que eu tenho da minha coala Nr1 coladinha a mim!). Mas será que se vai adaptar bem aos barulhos, às canções e gritos da mana, aos ladrares dos cães, aos passeios? Será mais ou menos chorona do que a Isabel? Será que vai dormir sestas de 20 minutos ou vou ter tempo de tomar um banho demorado? 


3) Vai ser muito duro?

Que não vai ser pêra doce gerir tudo nos primeiros tempos eu não tenho grandes dúvidas, mas como irei eu lidar com tudo isso? Com alguma calma ou vou ter sempre aquele sentimento do "Socorro! No que me fui meter já?"? Como vai reagir a minha cabecinha ao voltar a não dormir muitas horas seguidas? E vou conseguir manter a sanidade, se a Isabelinha começar - como é natural - a precisar de chamar mais a atenção, com birras e tal?


Estou confiante que, no meio do caos, tudo acabe por correr bem. Mas também não vou dourar a pílula, caso não corra como desejado. Preparem-se para ouvir de tudo deste lado, como se estivessem a ouvir a música "piradinhaaaa" em loop, que nestas coisas da maternidade é tudo um bocado imprevisível. 

De qualquer das formas, estou pronta. Estranhamente pronta. Podes vir, Luísa.






Já imagino uma Luisinha pestanuda a dormir bons soninhos na alcofa da Egg <3 

4.28.2016

E começa a loucura!

Ter duas pintainhas vai dar nisto.

Uma foto publicada por Joana Paixão Brás (@joanapaixaobras) a


Adorei este matchy matchy* numa onda mais boho, da InnyFoge aos rosas (que, claro, não vão escapar) e diz que o amarelo torrado está na moda. :) 

Mal posso esperar para as ver nisto! 💛

*sim, vão ter de levar com esta expressão irritante algumas vezes, porque a pirosada boa de as vestir de igual está para durar

3.27.2016

O filho mais velho sofre com a chegada de um bebé?



Não ando propriamente a sofrer por antecipação, mas de vez em quando pergunto-me se a Isabel vai sofrer um bocadinho com a chegada da mana ou se vai reagir muito bem. Não faço ideia se valerá a pena planear algumas coisas, se deixar fluir e seguir o nosso coração será mesmo o melhor. Acho que vou apostar mais nesta última opção. 

Mas há pequenas coisas que temos de decidir, por muita ou pouca importância que possam ter: vai visitar-nos à maternidade logo no primeiro dia ou vai buscar-nos no último dia, quando viermos todos juntos para casa? Era giro dar um presentinho simbólico à Isabel, como se fosse a mana a trazer, ou o maior presente será a irmã mesmo e tudo o resto é dispensável? É preciso sensibilizar as visitas para lhe darem atenção? Vou tentar arranjar uma hora por dia em exclusivo só para a Isabel ou envolvê-la desde logo nesta relação a quatro, esquecendo essa coisa do “dia do filho único”? 

Imagem We Heart It

Acredito que dependa muito das idades dos irmãos e da facilidade em compreenderem o que se passa, mas mesmo assim pedi opiniões e dicas em vários grupos de mães do FB e cá estão algumas respostas. Obrigada a todas <3

- “A minha filha ficou tão encantada com o irmão, que só queria estar com ele! Deixei fluir...

- “Joana, planeei tudo e tentei que fosse o mais natural possível mas correu tudo pessimamente. Lol. O mais novo ofereceu presente que demos na maternidade, foi ela que lhe mostrou a casa e o quarto, as visitas tiveram imensa atenção à mais velha, eu fui busca-la à escola 4 dias depois e tentei fazer programas só com ela e foi um absoluto desastre. Com ele era um amor, comigo foi um terror e durante 15 dias não existi. Nesta gravidez estou a tentar levar tudo de forma mais natural (um filho de 2 anos e uma de 4) e não faço ideia o que me espera. Mas vou de certeza fazer menos planos e ter menos expectativas. Beijinhos e boa sorte!

- “No nosso caso o bebé trouxe 1 prenda ao mais velho e comprámos uma prendinha para o mais velho oferecer ao bebé! Um ursinho com música que ele adora pôr a tocar ao mano!!! :) Uma vez por semana faço 1 aula de yoga com ele... naquela horinha somos só os 2 hehe

- “As minhas filhas fazem diferença exata de 25 meses. A mais nova trouxe um presente para a mais velha. Mas se fosse hoje, acho que não tinha levado a mais velha ao hospital. A reação foi esquisita, e custou-lhe ir embora e "deixar" a mãe com a irmã num sítio que para ela era muito estranho.
Em casa, a gestão era trabalhosa mas fazia-se. Não houve o dia da filha única no início, mas "momentos", como ir às compras por exemplo.
A questão das visitas, tentei que as pessoas percebessem que tinham que dar a mesma atenção à mais velha, mas nem sempre é fácil.
Não houve crises, nem birras de ciúmes, mas ainda não consegui criar a ligação entre irmãs que sonhei. Mas a mais velha ainda não fez 3 anos, e a mais nova tem 10 meses. Já há reações de carinho, mas a interacção não é muita.
O tempo ajuda tudo”

- “Tive agora a segunda filha que trouxe um presente à mais velha. Mas acho que se não tivesse trazido nada, não tinha feito diferença. Ainda não tem uma semana, estou a amamentar e com algumas restrições - ainda tenho agrafos - mas conto fomentar momentos a sós com a mais velha.

- “Os meus filhos têm diferença de 4 anos, quando nasceu a mais nova o rapaz ficou responsável por tirar a primeira foto à bebé no hospital. E com isso conseguimos que quisesse registar momentos importantes da vida da irmã. Depois quando foi possível na logística, lanchar juntos, fazer caminhadas e partilhar com ele coisas com as quais se identifica. Não há receitas, apenas dicas e aprender a ver com o coração. Pois, o mais importante é sentirem-se muito amados”

- “O meu filho mais velho era muito pequeno e não percebeu muito bem o que se passou. A irmã trouxe um presente quando nasceu, mas ele ficou realmente encantado com ela. As pessoas que iam visitar-nós a casa faziam questão de falar com ele primeiro e ser ele a apresentar a mana. Com o 3o filho não houve presentes para os mais velhos mas sim um presente que eles quiseram comprar para o mais novo. Não consigo ter tempo para o filho único. Com as actividades fora da escola e com a mama do mais novo o único tempo que me resta uso-o para dormir. Sinceramente acho que o melhor será o deixar fluir.”

- “Filha com quase 3 quando o mano nasceu. Fizemos da prenda oferecida pelo mais novo e gostou. Sempre que as visitas traziam presente para o mano, era a mana crescida que ajudava a abrir. Ela foi nos buscar à maternidade e foi quando conheceu o mano. Não foi antes. E pedimos para ser ela a mostrar a nossa casa ao mano, quando chegámos. Claro que faz parte deixar fluir. Mas é importante estarmos atentas. Não há lugar a arrependimentos. Mas a minha filha nos dias menos bons não reagia mal à presença do mano, mas sim à falta que a mãe lhe estava a fazer...

- “Deixar fluir... Estarem presentes nos momentos importantes como a preparação do quarto e assim, e depois quando o irmão vem para casa, mostrarem a casa ao recém chegado, mostrarem os brinquedos, onde vai dormir.... De resto, é parte da dinâmica da família, acredito que dece ser-se o mais natural possível! Boa sorte

- “Detesto a ideia do filho único! Ter um irmão é uma dádiva pelo que é importante fomentar a união mesmo que isso implique aprender a dar a vez a cada um de escolher um programa ideal!
Valorizar o mais velho é uma forma de mostrar que nada mudou! Só melhorou! É mostrar a importância que este vai ter pra o mais novo!
O presente é sempre simpático.
A foto do mais velho na cabeceira da maternidade é um galardão e pêras!
Deixar o bebé com alguém para fazer um programa de crescidos é algo só para crescidos, e que não inclui bebés de chucha... E não se trata do dia do filho único. Até porque quando voltamos pra casa estamos cheios de saudades! Mas isto são só opiniões...”

- “Levar tudo com a maior naturalidade possível! As minhas filhas têm 26 meses de diferença e foi amor à primeira vista. Acredito que a maioria das vezes são os adultos que complicam a cabeça dos mais novos!

- “A minha tem 4 anos e teve agora uma irmãzinha. Fez parte de todo o percurso. Ainda grávida foi comigo à ecografia, viu aí a mana pela primeira vez. Arrumamos o quarto do bebe juntas, fizemos desenhos e colocamos na parede. No dia a seguir ao parto, que foi cesariana, foi nos visitar, foi a nossa primeira visita e naquele dia única visita, quisemos ficar assim os quatro.
No dia da alta, estava em casa à nossa espera, mostrou a casa à mana e desde aí, participa em quase tudo, dar banho, mudar a fralda, escolher roupa para a irmã, às vezes só atrapalha, uma fralda de um xixi demora mais que um cocó à séria, mas têm uma relação de cumplicidade e um amor incomensurável. Sempre que posso, e, porque a bebe já está com 7 meses, faço programas com a mais velha. Levo a ao cabeleireiro quando vou fazer a unha, vamos ao cinema, passear na praia, ler um livro no jardim, às vezes uma sessão de cinema em casa com pipocas. Adora! Julgo não haver grandes segredos, fazer o que manda o instinto, é o meu quote:)

- “Envolver em todas as actividades... os meus tem quase 4 anos de diferença. Pedir ajuda para mudar a fralda, pedir para aconchegar o mano porque tem a certeza que fica mais calminho quando é a mana a aconchegar, dizer que a mana é mesmo uma grande ajuda para si, comparar principalmente para dizer que o mais velho fazia as mesmas coisas tal e qual. Nada de megalómano para valorizar o mais velho, apenas muita conversa, atenção e mimo.

- “Eu também fiz isso das prendas, é importante mas é apenas um momento, o desafio é o dia a dia. Na maternidade quando o mais velho chegou tive o cuidado de o bebé não estar ao meu colo, as prendas para a mana é sempre o mais velho que as abre. E agora no dia a dia evitar comparações, evitar dizer-lhe que não a alguma coisa usando como justificação a mana. Basicamente ele não pode sentir que a mana lhe esta a roubar tempo com os pais. Muito importante o mais velho ser incluído em tudo, ajudar a tratar da mama e ser elogiado por nós sempre que nos ajuda. E tentar ao máximo não alterar as rotinas que já existiam. É um desafio constante a "gestão" da relação de 2 irmãos. Ate agora esta a correr na perfeição mas não quer dizer que não mude mais tarde

- “Tenho 2 meninos com 27 e 3 meses, têm 24 meses de diferença portanto. Sempre encarei tudo com muita naturalidade. O mais velho foi com o pai e os meus pais ver o mano à maternidade no dia que nasceu. Eu estava com o bebé ao colo, ele chegou, abraçou-me e deu festinhas e beijinhos ao mano. Não houve prendas nem para um nem para outro, não acho necessário. No final da visita o mais velho queria ficar comigo mas o pai explicou que não podia ser e foi com ele para casa. Em casa correu sempre muito bem, adoram-se e nunca houve ciúmes. Há muitos beijos, muitos abraços, é uma delícia! Eu e o pai damos banho e deitamos à vez e mimo nunca lhe faltou! Mais uma vez sublinho que agindo com naturalidade tudo se resolve super bem!

- “Cá por casa somos 3: 6 anos, 4,5 anos e 34 meses.  As minhas gravidezes foram muito atribuladas (gripe A, ruptura franca de bolsa... Internada no Natal e na passagem de ano, de repouso metade do tempo...) a C. sentiu muito o nascimento da irmã (ainda por cima a irmã chorava imenso!!!) mas tudo se resolveu facilmente com:
- dia do filho único; - eu deitava e contava a história; - eu levava e buscava da escola; - ajudava nas tarefas; - 1H/ dia filha única
O maior problema foram as primeiras visitas, que faziam uma festa enorme à bebé (principalmente as que acompanharam os dramas da gravidez) e quase nem ligavam à C. Como ela não sabia ler, pusemos um aviso na porta: "a única que percebe o que dizem e valoriza a vossa presença é a C., é a ela que devem mimar".
Quando me perguntavam o que é que era para trazerem, eu dizia sempre que a bebé não era nada materialista e se quisessem comprar alguma coisa, então que fosse para a C.
Ao fim de 2/3 dias a C. já estava toda feliz com o nascimento da mana: casa cheia, elogios e presentes.
A mana teve vários problemas de saúde, inclusivamente um atraso no desenvolvimento, que exigiu muita atenção durante os 3 primeiros anos... Daí termos tantos "momentos de filho único com a C. e o T.
À chegada do T. foi tudo super simples: elas adoraram o nenuco a sério e adotaram no. (Por vezes sinto-me dispensável loool).
O nosso único cuidado foi deixá-las fazer tudo o que já fossem capazes: dar comida (metade para o chão), cantar uma música (não sei como ele não é surdo), escolher a roupa (temos algumas fotos engraçadas)...
De tudo o mais importante foi avisar as visitas. As pessoas vinham ansiosas para ver a bebé-aventura e quando chegavam começavam logo com uau, que linda, enorme...
E a C. ficava uns instantes tipo bibelô... Quando passaram a cumprimentá-la a ela e a dizer (uau, tens uma mana, és mesmo crescida...) ela percebeu que o seu lugar no mundo ia continuar.

- “O meu filho tinha 2,5 anos quando a irmã nasceu; foi comigo uns dias antes comprar um presente para dar as boas vindas a mana; foi visitá-la no primeiro dia e também recebeu um presente da mana; estava super feliz com a mana mas não foi nada fácil a aceitar ver-me a amamentá-la; tentamos manter a rotina dele ao máximo e por isso tratava da mana antes dele chegar e ela dormia enquanto eu estava com ele a brincar, banhos e jantar; ela está prestes a fazer um ano, dormem no mesmo quarto, brincam juntos e já são muito amigos, adoram-se! É lindo ver esta relação a crescer!

- “A minha filha tinha 16 meses quando nasceu o irmão e a única coisa que fiz mesmo questão foi que se conhecessem sem mais ninguém à volta! O meu marido entrou no recobro com ela e ela adorou-o!!! Fui para o quarto com um de cada lado! Achei q era bom o pai fazer programas só com ela e foi um desastre! Lol! No dia em que decidimos ir almoçar todos juntos ela rebentava de felicidade...o que ela queria era estar em família! O amamentar nunca foi problema, eu dizia que o mano estava a papar e pronto...até ontem que no meio da missa ela me enfiou a mão dentro da camisa e disse "papa"! LOL!

- “Comigo foi um bocadinho "navegar à vista"... A única coisa que organizei foi a ida à maternidade e fiz questão que a minha filha (2A) só fosse no dia da nossa saída. Tinha à espera dela o irmão e uns mega balões para levar para casa. O entusiasmo com o novo bebe foi tão grande, que me começou a pedir para ajudar em tudo: mudar a fralda, dar banho, biberon, etc. incentivei bastante esta parte e acabei por comprar à minha filha um "kit Nenuco" que tem todas estas coisas de brincar e estamos muitas vezes as duas a fazer a mesma coisa: eu no bebé, a minha filha no Nenuco (e às vezes vice-versa). Tentei não quebrar nenhuma das suas rotinas, continuei a fazer os mesmos programas e, quando não deu para fazer a 4, fazia-se a 2, com o Pai/Mãe alternativamente. Sinceramente, acho que não há uma fórmula, é estar atento ao que os nossos filhos nos dizem, nas suas mais variadas formas, e entregar...!



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E a mim também;) @JoanaPaixaoBras

12.15.2015

O que muda do primeiro para o segundo filho?

Já sei que deixamos de esterilizar tudo e mais alguma coisa (por acaso nunca fui muito maníaca) e que passamos a varrer para debaixo do tapete, mas há muito mais para além disso.

Tinha como referência uma amiga que, depois do segundo filho, me disse que tudo tinha mudado. Que não ia ter mais nenhum, a loja estava fechada. Que era muito duro. Nunca tinha pensado que pudesse ser assim. 

Depois, falei com outra pessoa que me disse que estava a ser maravilhoso. Que não estava a dourar a pílula. Na segunda semana rumou, com os dois filhos, ao Algarve para acompanhar o marido que foi em trabalho, com uma leveza e um à-vontade que não sentiu na primeira filha. Que não faz nada sem a mais velha e não esconde nada da filha. Que está muito menos complicada em tudo. Que está muito feliz. 

Desta vez vou ficar caladinha, até porque ainda não sei o que muda. Quero que sejam vocês - se tiverem vontade de o fazer, óbvio - a contarem-me as vossas experiências. O que mudou nas vossas vidas? Na vossa organização? Na vossa cabeça? No vosso coração? Quero saber tudinho! :)




#15semanas 

12.07.2015

A diferença ideal de idades entre irmãos

Não existe! Já mo disseram várias vezes e eu acredito. Há quem tenha tido experiências fantásticas com um ano de diferença, com dois, com quatro e outros com oito ou com onze. No nosso caso, a Isabel vai ser mais velha dois anos e dois meses. 

Apesar de ter calhado na margem inferior que tínhamos pensado (assim que pensámos em começar a "tentar", foi logo na mouche, tenho de vos contar melhor isto noutro post), gostávamos que tivesse entre dois a três anos de diferença da(o) irmã(ão). Alguns amigos já disseram que somos loucos e que ainda nem dormimos decentemente, mas achamos que agora é a altura. Preferimos passar a fase mais desafiadora e difícil agora (porque acreditamos que, com a prática e o tempo, as dificuldades vão sendo menores ou a nossa prática faz com que as dificuldades pareçam menores).

Já nos apercebemos que a Isabel ainda não tem bem noção do que aí vem, ainda é muito pequenina, mas tenho a certeza de que vai adorar quando o bebé nascer. Ou mesmo que só tenha noção de tudo um pouco mais tarde. Eu tenho dois anos e meio de diferença do meu e crescemos muito próximos e eu sempre fui uma mana muito babada, adorava fazê-lo rir e era muito carinhosa para com ele. A minha primeira memória é a ter ido visitar a minha mãe ao hospital (não me lembro do meu irmão, sorry! hehe). O(a) mano(a) também vai gostar de ter uma irmã mais velha querida, meiga e rebelde q.b, para a vida.

Se tenho alguns receios? Tenho, claro. Mas até sou optimista e acho que vamos dar conta do recado. Acho que vamos adorar o desafio e estar à altura para dar toda a atenção à Isabel, para tentar compensá-la, e que vamos ter um coração suficientemente grande para albergar dois amores enormes. Não vou deixar de ir ao parque passear com ela por ter um bebé. Irei com ambos, numa ginástica para a qual vou ter flexibilidade. Vamos conseguir!

O bebé que aí vem vai ser muito amado (já o é - e foi incrível a emoção com que o senti mexer-se a primeira vez, tal como senti com a Isabel!) e sinto que vou ser a melhor mãe que ele poderá ter. Sinto que fui talhada para isto, o meu maior sonho era ser mãe e acho - modéstia à parte - que me ando a sair bem com a Isabel. Por isso, não há nada que não vá resultar com um segundo. Mesmo deixando cair uma ou duas bolas no malabarismo, de vez em quando, fazendo alusão ao post da Joana Gama. Sou mais adepta do errar, melhorando. Ou do melhorar, errando. Aperfeiçoando-me mais, sendo mais. Tendo um coração ainda maior, a bater por dois. Acho que todas as dificuldades sairão compensadas, nos momentos de partilha, de afecto, de união. Acho que até eu serei melhor mãe depois desta nova aventura. Assim o espero.

6.18.2015

Afinal Havia Outra (#25): O momento certo para engravidar?

Quando decidimos ter o primeiro filho contávamos com (ora deixa cá ver) pouco mais de três anos de casamento. Ele trabalhava, eu trabalhava e estudava. Era Dezembro de 2011. Deixei a pílula. Fui ao médico de família e depois ao ginecologista. Queria engravidar logo, há muito tempo que desejava ser mãe. Engravidei em Agosto do ano seguinte mas perdi o meu bebé quatro dias depois de me saber grávida.

Em Dezembro de 2012 engravidei novamente, soube-o em Janeiro de 2013 (há lá melhor maneira de começar um ano?!). Quase 41 semanas depois tive o meu filho nos braços e experimentei uma felicidade que, juro, é indescritível. Resumidamente, foi assim que tudo aconteceu e desde a decisão propriamente dita até sermos, efectivamente, pais passou mais de um ano e meio.

Ambos desejamos ser pais novamente, não sabemos exactamente quando. As dúvidas que, enquanto casal, fomos tendo antes de avançar para o primeiro são, estupidamente, as mesmas, às quais se juntam mais algumas por termos um filho ainda bebé. Estamos como que  a meio da ponte, sem saber para que lado ir. À direita avistamos placas que nos levam a pensar que o ideal era ser já e agora, à esquerda vemos caminhos de espera. E não é que a porcaria do GPS ficou sem bateria, dá para acreditar?! Ok, isto foi só uma graçola para aligeirar a coisa. Bom, vamos lá tentar organizar as ideias: 

A questão profissional/económica: nunca é a altura ideal, isso já não é novidade. Ambos temos trabalho mas a minha empresa vive uma situação complicada e isso assusta-me bastante. Desempregada e com dois filhos é só assim uma visão dramática. Quanto à questão financeira... bem, se esperarmos pelo dia em que vamos estar confortavelmente ricos, sem preocupações deste género, compremos então uma cadeirinha, fazendo jus àquela coisa do "esperar sentado";

A questão do tempo: é bem capaz de ser um dos aspectos que mais temo. Se eu, com um filho, já acho que tenho tempo para nada, como será com dois? Vai daí e penso que se nos organizarmos ainda mais, em família, somos capazes de conseguir dar banho a dois filhos em simultâneo, fazer as refeições, pôr na cama (embalar na "pior" das hipóteses), levar e trazer da creche... Temos dois braços não temos? Ora, aqueles dois multiplicados por mim e pelo marido dá quatro (surpreendido amor, tu que estás sempre a troçar de mim por não saber a tabuada?), o que me parece um número aceitável de braços para dar conta das tarefas todas. Ok, ok, aqueles programinhas que ainda temos feito porque a avó fica com o bebé devem passar a eventos anuais, mas lá para os 40/45 anos já estaremos em condições de retomar a nossa vida social;

A questão da aceitação do irmão: ter um irmão é das melhores coisas do mundo, verdade?. Ter um irmão com pouca diferença de idades, que alinhe nas brincadeiras, que partilhe sorrisos e lágrimas (bom, aqui o cenário já não é assim tão animador) deve ser ainda melhor.
Estou a pintar um cenário cor-de-rosa? Provavelmente, até porque gostaria de ter uma menina.
Queremos ter mais filhos? Queremos. E, se o momento ideal não existe, então que comece a grande aventura!

Clara 


3.22.2015

Quero ter mais um filho, já!

Já, já, não dava jeito porque tenho ainda a louça por lavar. Nem daqui a 9 meses, porque, fazendo as contas, calha em dezembro e depois constipo-me ou assim. 

Falando a sério, antes de ser mãe punha a hipótese romântica de ter quatro filhos. Depois de ser mãe, quero dois, porque já percebi o que é que a casa gasta, literalmente. Ir ao terceiro, acho que só se for muito mais espaçado, até me esquecer do que isto custa.

Custa, mas dá um prazer inigualável. A sério, nunca fui tão feliz. A maternidade dá-nos tudo (até olheiras) e deixa-nos tão mais leves e descomplicadas! Se alguma vez eu sabia que passar um domingo a três, em pijama, a brincar no chão, a fazer cócegas e a brincar com balões, até um ser minúsculo cair para o lado de tanto rir, seria o melhor da minha semana! 

Adoro ser mãe. Acho que, apesar de não ser a pessoa mais organizada do mundo, me safo muito bem. Acho que estou a criar um ser feliz. Acho que sou capaz de criar dois seres felizes e quero dar um irmão à Isabel, um grande amigo, para sempre.

A questão é: QUANDO?

A minha experiência enquanto irmã diz-me que dois anos (e 5 meses) é uma diferença muito boa. Apesar de termos sido cowboy e índio muitas vezes e de termos feito a vida negra à minha mãe porque um dizia mata e outro dizia esfola, acho que somos hoje grandes amigos. Partilhámos jogos, interesses, programas de televisão. Queríamos ver as mesmas coisas (antes de chegar a fase das novelas brasileiras) e crescemos juntos. Demos muitas vezes as mãos.

Claro que para a minha mãe a experiência não deve ter sido a mesma. Bem me lembro da cara dela esbaforida a implorar que parássemos de gritar um com o outro no carro ou de quando partimos a televisão da casa por nos empoleirarmos nela. Ter um irmão com idades tão próximas é sinónimo de cumplicidade, para o bem e para o mal.

Por outro lado, fico de pé atrás com algum receio de não me dedicar tempo suficiente à Isabel, que ainda é bebé e precisa de atenção. Mas será que aos dois anos não conseguirá gerir minimamente a chegada de um irmão? Com a ajuda do pai, será que não me conseguirei repartir e dar o melhor de mim aos dois filhos?

Vejo por alguns exemplos à minha volta que isso é possível e não me parece que os filhos mais velhos tenham ficado com algum tipo de trauma. Agora, no meu caso, não sendo a pessoa mais organizada do mundo e vivendo um bocadinho ao sabor do vento (calma, também não sou uma hippie, cá em casa há regras, horários e tudo isso, às vezes não há é muita variedade de sopa... shame on me!) terei de fazer listas de compras e de refeições e conseguir gerir tudo muito melhor, ou os meus filhos viverão a boiões e papas.

Para me mentalizar de que vou ser capaz, primeiro: não posso pensar nisso de manhã. Às seis e quarenta e cinco da manhã, quando a Isabel acorda e eu também - que remédio -, quando me levantei pelo menos duas vezes durante a noite e sinto que um camião TIR me passou por cima, penso em tudo menos em ter mais filhos. Mesmo com o sorriso dela e aquelas coisas todas bonitas que as mães dizem, que compensa tudo e blá blá blá... nesses momentos, o que eu queria mesmo era que ela sorrisse meia hora mais tarde.

Depois: tenho de pensar que "despachar" já o segundo, enquanto ainda não dormimos a noite toda, pode ser bom. Vão ter os dois idades próximas e vão os dois pôr-se a andar de casa dos pais também com idades próximas e depois aí é que vai ser o forrobodó em modo lua de mel. Claro que estou a gozar, nem consigo imaginar essa fase da minha vida e, como isto anda, só devem sair lá para os 50 anos. Ufa!

Para não falar das despesas a dobrar com duas mensalidades da creche, etc, etc, etc... mas, no meu caso, se gerirmos bem as coisinhas, dá para tudo.



Mães que sabem, qual a idade "certa" para ir ao segundo? Contem-me tudo: dois anos, três anos, mais ou menos? Como foram as vossas experiências?

1.19.2015

Catarina e as Marias (#01) - Filha, vais ter uma mana!

Com apenas 18 meses, a Maria Rita recebeu a notícia: “Filha, vais ter uma mana!”. Não queríamos só uma, por isso decidimos lançar-nos à aventura, sem medos – com alguns, na verdade.





Ela reagiu com alguma indiferença, e foi também com indiferença que começou a ver a barriga da mãe crescer. Só nos últimos meses é que ficava mais colada ao meu umbigo e chamava pela “Minês” – na esperança de receber alguma mensagem vinda do interior daquele enorme balão (estão a ver as fotos? Ainda faltavam dois meses inteirinhos…).

Mas o balão rebentou, tinha a Maria Rita dois anos, e aí é que foram elas. Quando regressei a casa com a mana bebé nos braços, os olhos dela pareciam os de um cachorrinho abandonado e só lhe faltou fazer o pino para chamar a atenção. Aí eu percebi claramente que dar-lhe uma irmã foi, ao mesmo tempo, a melhor e a pior que coisa que lhe podíamos ter feito. Mas, caramba, eu também tive duas irmãs e só me fez bem. Ninguém morre por causa dos irmãos – quer dizer, tirando Abel e Caim… 

No meio das mazelas resultantes de um parto natural de um bebé de quase 4,5 quilos (não, não me enganei a escrever, a miúda parecia mesmo um bezerrinho), das fissuras nos mamilos e da desregulação hormonal - céus, que quadro de terror! - eu deparei-me com mais um drama. E agora? Como é que vamos fazer isto?

Mas atenção “mães de primeira viagem com vontade de se lançarem na segunda”, é mais cansativo do que difícil. Com as tarefas bem partilhadas a coisa dá-se. A mãe dá de mamar, o pai põe a arrotar e chama-se a filhota mais velha para o colo da mãe. Ou então, na ausência do pai, dá-se a maminha a uma e conta-se uma história acabadinha de inventar à outra.

Não há cá super-mães nem super-mulheres, não me venham com tretas! Nos primeiros meses temos de olhar à volta, ver a sala num estado de calamidade e pensar: “que arrumadinho que isto está!”. Ou então comer frango de churrasco três vezes na mesma semana e pensar que é importante variar a alimentação e por isso “hoje vai de arroz porque da outra vez foram batatas de pacote”. Isso e sabermos dar desconto a nós próprias – confesso que demorei algum tempo a pôr isto em prática...

Ainda hoje não sei se o que fiz nesses primeiros meses é o mais acertado - provavelmente porque isso não existe. E não sei se não acabei por dar mais atenção à mais velha, por saber que estava mais atenta a tudo, mais sensível. Mas à medida que o tempo foi passando fui – fomos – tentando equilibrar as coisas tranquilamente, de forma natural.


A verdade é que elas dão-se bem, da forma como os irmãos se dão bem: não podem viver uma sem a outra, nem uma com a outra. Lutam – literalmente – pelas mesmas bonecas, lápis de cor, casacos, bolachas... Mas brincam muito as duas, têm grandes conversas e olhar para elas é maravilhoso. A mais velha finge que sabe ler e conta histórias à mais nova, que ouve muito atentamente (durante os dois minutos que são o limite máximo de paciência dela para qualquer tarefa). Dão beijos uma à outra, abraçam-se muito e dizem que gostam da outra. E o meu coração de mãe acredita que, por agora, isto é capaz de chegar…


Catarina Fernandes Raminhos, 34 anos, tem duas filhas, a Maria Rita, 4 anos, e a Maria Inês, 2 anos. É casada com António Raminhos, humorista, coisa que às vezes não deve ter gracinha nenhuma. Assim que engravidou, foram viver para o campo, onde querem criar as filhas no meio das galinhas, salvo seja, e receber sacos de laranjas (sabem pouco...). É a mais recente colaboradora do blogue "A Mãe é que sabe", com a rubrica "Catarina e as Marias".